A Escola - Paulo Freire

"Escola é... o lugar onde se faz amigos não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima.

O diretor é gente,

O coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém nada de ser como o tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se ‘amarrar nela’!

Ora , é lógico... numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz."

sexta-feira, 30 de abril de 2010

1º de Maio - Dia do Trabalho



O Dia do Trabalhador (no Brasil também chamado Dia do Trabalho) é celebrado anualmente no dia 1 de Maio em numerosos países do mundo, sendo feriado nacional em muitos deles. 

História
No dia 1 de Maio de 1886 realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América. Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação centenas de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de um dos protestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos polícias que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket. 

Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.  

A 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países.

Dia do Trabalho no Brasil

   
Até o início da Era Vargas (1930-1945) eram comuns nas grandes cidades brasileiras certos tipos de agremiação dos trabalhadores fabris (o que não constituía, no entanto, um grupo político muito forte, dada a pouca industrialização do país). Esta movimentação operária tinha se caracterizado em um primeiro momento por possuir influências do anarquismo e mais tarde do comunismo, mas com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela foi gradativamente dissolvida e os trabalhadores urbanos passaram a ser influenciados pelo que ficou conhecido como trabalhismo (uma espécie de "ideologia" que não está interessada na desconstrução do capital, mas em sua colaboração com o trabalho). O trabalhismo foi usado pela propaganda do regime varguista como um instrumento de controle das massas urbanas: isto se vê refletido na forma como o trabalho é visto cada vez mais como um valor.
Até então, o Dia do Trabalhador era considerado por aqueles movimentos anteriores (anarquistas e comunistas) como um momento de protesto e crítica às estruturas sócio-econômicas do país. A propaganda trabalhista de Vargas, sutilmente, transforma um dia destinado a celebrar o trabalhador no Dia do Trabalho. Tal mudança, aparentemente superficial, alterou profundamente as atividades realizadas pelos trabalhadores a cada ano, neste dia. Até então marcado por piquetes e passeatas, o Dia do Trabalho passou a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações similares. Atualmente, esta característica foi assimilada até mesmo pelo movimento sindical: tradicionalmente a Força Sindical (uma organização que congrega sindicatos de diversas áreas, ligada a partidos como o PTB) realiza grandes shows com nomes da música popular e sorteios de casas próprias e similares.
Aponta-se que o caráter massificador do Dia do Trabalho, no Brasil, se expressa especialmente pelo costume que os governos têm de anunciar neste dia o aumento anual do salário mínimo. 

Fonte: Wikipédia.org

Conexão Aluno



Vídeo sobre o aluno Lucas de Souza Amorim, ganhador do LAPTOP.

Conexão Educação



Video educativo do projeto Conexão Educação, sistema de identificação eletrônica dos alunos da rede pública estadual do Rio de Janeiro.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Pais aprovam novas regras que dão poder a mestres

Ministério Público dará ‘consultoria’ a diretores em casos de transgressão grave

POR ANNA LUIZA GUIMARÃES
Rio - Diretores e professores da rede municipal já contam com dois importantes aliados para garantir o cumprimento pelos alunos do novo Regimento Escolar, que entrou ontem em vigor: o Ministério Público, que funcionará como uma espécie de consultor para casos mais graves de desobediência, e os pais dos estudantes, que aprovaram as normas. O regimento, entre outras medidas, proíbe as chamadas ‘pulseiras do sexo’, bonés e aparelhos eletrônicos nas escolas, como antecipou o ‘Informe do DIA’.
Novo Regimento Escolar, que entrou ontem em vigor, proíbe bonés e aparelhos eletrônicos nas escolas 
O objetivo é devolver aos mestres a autoridade perdida. Eles terão respaldo, por exemplo, para reter por dois dias o celular do aluno que usar o telefone em sala de aula. “Queremos resgatar a autoridade dos professores”, explicou a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, acrescentando que os educadores serão responsáveis por observar o cumprimento das determinações. A direção poderá decidir até pela transferência do aluno que insistir na transgressão.

Mãe de três estudantes da rede municipal em Olaria, Andrea Santos, 35 anos, elogiou as regras. “Muitos pais não entendem quando o professor toma o celular do aluno, mas esses aparelhos atrapalham a concentração”, diz Andrea, que também se preocupa com as pulseirinhas. “Até meu filho de 5 anos disse que queria. Conversei em casa, expliquei que não era bom usar a pulseira e entenderam”, contou. José Ricardo Moreira, pai de aluna de 12 anos, já faz a filha cumprir as regras: “Ela não usa celular na sala nem essa pulseira da moda. Nós conversamos com ela. As normas são ótimas. Precisam do apoio dos pais”. O professor de História Marcos Amorim lembra que o exemplo precisa vir também dos mestres: “Temos que desligar o celular também”.

Ontem, em escolas municipais na Tijuca, Maracanã e Praça da Bandeira, embora estivessem acostumados com esse tipo de recomendação, os alunos se assustaram ao saber, pelos professores, que a desobediência às regras poderá resultar na perda temporária dos objetos pessoais. “Ninguém quer ouvir sermão em casa”, diz a estudante da Escola Municipal Martin Luther King, na Praça da Bandeira, Dominique Lima, 14.

O celular é o item proibido mais polêmico. As amigas Aline Abel, 13, Adriana Brito da Silva, 12, Keitura Suane, 13, usam por recomendação dos pais. “Minha mãe quer poder falar comigo a qualquer hora. Deixo o celular para vibrar em cima da mesa”, conta Aline. E o estudante V., 17, admite usar o MP5 que ganhou dos pais para colar nas provas. “Gravo partes da matéria aqui e escuto na hora da prova. Ninguém percebe”, confessa o menino, que também usa as pulseirinhas do sexo.

Professora da Faculdade de Educação da Uerj e ex-diretora de escola municipal, Bertha do Valle diz que, para ser eficiente, o regimento preciso vir com empenho dos pais e ações pedagógicas pertinentes. “É preciso que as escolas tenham diálogo com alunos e que pais ajudem na aplicação dessas medidas”, diz.

Registro policial para transgressões graves


Segundo o coordenador da Promotoria da Infância e Juventude, Roberto Medina, a orientação à direção em transgressões graves — alunos com armas de fogo, agressões físicas ou depredação da escola — é registrar o caso na delegacia. “Nossa recomendação é que o jovem seja submetido a medidas socioeducativas cabíveis”, explicou o promotor, que elogiou o regimento: “Vai ajudar diretores e professores a agir”.

Moda entre crianças e adolescentes, as pulseiras são um perigoso jogo — cada cor corresponde a um ato sexual que deve ser cumprido quando o acessório arrebentar — e viraram caso de polícia. Em março, uma menina de 13 anos foi estuprada no Paraná por quatro rapazes que arrebentaram as pulseiras dela. No último dia 5, em Manaus, a morte de duas adolescentes teve como suspeita o uso de pulseiras coloridas.

Uma das jovens, de 14 anos, foi encontrada morta em um quarto de hotel com seis pulseiras coloridas que, segundo a polícia, foram arrebentadas pelo autor do crime. A outra possível vítima, também adolescente, foi esfaqueada na noite da Sexta-feira Santa, no bairro Valparaíso, também em Manaus. Ao lado do corpo da menor, foram encontradas duas pulseiras arrebentadas.

No Rio, escolas particulares têm pedido aos pais que não deixem seus filhos usarem as pulseiras.

Tereza Porto em debate com gremistas

A cada semana, dez escolas serão convidadas para uma reunião com secretária
Por Carolina Jardim
Fotos: Marcia Costa
Informar os alunos, ter espírito de liderança, organizar demandas e problemas e procurar soluções. Quem participa de um grêmio estudantil tem algumas responsabilidades a mais em relação aos outros alunos, além da vontade de ver a sua escola cada vez mais bonita e as aulas mais proveitosas. Na última segunda-feira, 26, cerca de 20 alunos representando oito escolas deram início a uma série de reuniões entre a secretária estadual de Educação, Tereza Porto, e grêmios estudantis, para apontar as principais reivindicações dos estudantes e estabelecer uma relação mais próxima entre a secretaria e a escola.
“Mesmo tendo criado uma ferramenta digital, os portais Conexão Aluno e Conexão Professor, a gente precisa entender o que vocês esperam e precisam e onde cada escola pode melhorar. Nada substitui a conversa pessoal”, disse Tereza Porto ao receber os alunos para a reunião.

Quadras, auditórios, refeitórios, carência de professores e a segurança dos bairros onde estão localizadas as escolas foram alguns dos temas abordados pelos gremistas. Com as explicações da secretária, os alunos ficaram sabendo um pouco mais da logística de como devem ser atendidas algumas demandas, como funcionam as liberações de verba e como andam as obras de reforma em algumas escolas. “Nós não tínhamos esse contato direto entre o grêmio e a secretaria. Isso vai nos ajudar muito a saber como resolver nossos problemas”, comentou Felipe Rodrigo, representante do C.E. José Accioli.


Semanalmente, dez escolas serão convidadas a enviar os seus representantes estudantis para participar da conversa com a secretária. Com quase 1.500 grêmios, a demanda será grande. “Em volume de demandas e pessoas para atender, se nós [Seeduc] fossemos uma prefeitura, seriamos uma das maiores prefeituras do estado, perdendo apenas para a cidade do Rio de Janeiro”, brincou Tereza.
Além da secretária, estiveram presentes a Coordenação de Grêmios da Seeduc e o subsecretário de Gestão e Recursos de Infraestrutura, Sérgio Mendes, que aproveitou para tirar algumas dúvidas sobre o cartão do aluno do sistema Conexão Educação.  No primeiro dia, as dez escolas convidadas foram: CIEP 173 Rainha Nzinga Angola, de Acari; CIEP 326 Prof. César Pernetta, de Parque União; C.E. Julia Kubitschek, do Centro; C.E Heitor Lira, da Penha; C.E. José Accioli, de Marechal Hermes; C.E. República de Cabo Verde, de Irajá; I.E Carmela Dutra, de Madureira; C.E. Luiz Carlos da Vila, de Manguinhos; C.E. Visconde de Cairu, do Méier; e C.E. Compositor Manacéia José de Andrade, de Madureira.

 A iniciativa foi aprovada pelos gremistas, que puderam levar às suas escolas respostas às principais demandas dos estudantes. “A reunião foi aprovada sim, esse contato vai poder ajudar muito os grêmios”, disse Priscilla Iamaguchi, do C.E. Julia Kubitschek.